Allan Kardec

Em 03 de Outubro de 1804 na cidade de Lyon-França nascia um menino que mais tarde foi batizado na igreja católica com o nome de, Hippolyte León Denizard Rivail. De família tradicional francesa – professores e magistrados.

Ao completar seus estudos complementares foi enviado a Yverdon-Suiça, para estudar no conceituado Instituto do Sr. Pestalozzi. Instituto este, que abrigava em seu interior, todas as mentes sábias do continente europeu.

Filósofos, pedagogos e cientistas de todas as áreas, este instituto era conhecido pelo seu método de ensino – Instituto Racionalista Pestalozziano. Pestalozzi achava que todo bom método devia partir do conhecimento dos fatos adquiridos pela observação, pela experiência e pela analogia, para daí se extraírem, por indução, os resultados e se chegar a inunciados gerais que possam servir de base ao raciocínio, dispondo esses materiais com ordem, sem lacunas, harmoniozamente. Ao retornar a Paris, Rivail formou-se em: Letras; Pedagogia; Ciências Naturais; Medicina; Lógica; Magnetismo; Anatomia; Física; Astrlogia. Fala Alemão; Italiano; Holandês; Inglês; Espanhol e Fancês.

Econtrando-se no mundo literário com a professora Amélie Gabrielle Boudet, culta inteligente, autora de diversos livros didáticos. Contraí com ela, matrimônio, conquistando uma preciosa colaboradora para a sua futura atuação missionária.

Como pedagogo, Rivail publica numerosos livros didáticos como Renovação do Ensino Francês, Curso Teórico/Prático de Aritmética, Gamática Francesa Clássica, Catecismo Gramatical da Língua Francesa, além de cursos de Física, Astronomia e Fisiologia. Ao término dessa longa atividade e experência pedagógica, o professor Ivail estava preparado para outra tarefa.

A missão do Sr. Rivail começou a ser preparada muito antes do seu encontro com o Sr. Fortier e do Sr. Carlotti. Teve início na ilha da reunião com a família do Sr. Baudin. (Allan Kardec – O druida reencarnado – págs 15 e 16). Foi então na casa de madame Plannemaison que Rivail conheceu e viveu sua missão de codificador da Doutrina Espírita. (Allan Kardec – VolII – págs 125 e 126).

No desempenho de sua missão, isto é, na formação do espírito, Allan Kardec seguiu um método. Comunicando-se em toda parte e discutindo todos os assuntos, os espíritos foram preparados na massa enorme de fatos. Conquanto não pudessem revelar tudo, nem tudo explicar, eles muito revelam e muito explicavam. Ao mesmo tempo Allan Kardec os interrogava a respeito de tudo aquilo que tinha utilidade e podia trazer ensinamentos sobre coisas da Ciência, da Filosofia e da Moral, coisas principalmente, que interessavam diretamente ao presente e ao fututo da humanidade. As respostas eram sempre exatas e muitas vezes profundas.

Um dos primeiros resultados de suas observações foi que os espíritos, sendo as almas dos homens, “Não tinham a soberana sabedoria, nem a soberana ciência, que seu saber estava limitado ao grau de adiantamento de cada um e que suas opiniões só tinham o valor de opiniões pessoais, que, portanto não eram infalíveis”. Preservando-o, assim, de formular teorias prematuras sobre o dizer de um ou de alguns.

Allan Kardec afirmava que todo o ensino espírita, que não tivesse sido sujeito a certos processos de investigação e não apresentasse sobretudo esse caráter de universalidade, só poderia ter a importância de um juizo particular. Enquanto não fosse confirmada pela generalidade dos espíritos, não poderia fazer parte integrante da Doutrina. Foi com esse método que Allan Kardec organizou e deu à estampa em 1857, sob a forma de questionário, o Livro dos Espíritos, onde surgiram os princípios fundamentais do Espiritismo.

Sendo muito conhecido no mundo científico pelas obras editadas anteiormente, o Sr. Rivail necessitava de um pseudônimo, evitando com isso confusões entre seus leitores. Ele adotou o nome de Allan Kardec, que fora revelado pelo seu espírito protetor, dizendo que fora este seu nome nos tempos dos druidas, nas Gálias.